É incrível o que pode acontecer entre um casal. Como o amor pode vir de um dia para o outro, e, da mesma maneira que vem, vai embora quando menos se espera.
"Quem semeia vento, colhe tempestade."
E quem semeia amor e não colhe nada além de sofrimento?
"De repente, não mais que de repente
Fez-se de triste o que se fez amante
e de sozinho o que se fez contente.
Fez-se do amigo próximo o distante
fez-se da vida uma aventura errante
de repente, não mais que de repente."
(Vinicius de Moraes)
É incrível, no sentido de inacreditável, a capacidade de amar e deixar de amar em tão pouco tempo. De amar mais que tudo para depois chegar ao "Quem é mesmo?"
Talvez todos nós tenhamos nos esquecido do que é amar de verdade. Perdemos o amor conforme o tempo foi passando. Desde Shakespeare, Casanova...
Os melhores contos de amor retratam uma época passada. Desde então perdemos o amor. Ou pelo menos, eu perdi o sentido de amar.
Talvez eu tenha associado, por culpa de trinta e dois, que o amor é sinônimo de sofrimento.
Quando uma vez escrevi "Mas se for preciso amar para viver, eu amarei!", quando afirmei "eu amarei" a primeira imagem que vem à tona é de lágrimas. Lágrimas que duraram quatorze músicas de pelo menos quatro minutos, cada.
Infelizmente, me pouparam de dor física, pois nunca senti mais que uma dor de ralar o joelho, colocando em seu lugar, a pior das dores, a pior das cicatrizes, a dor de amar.
Acho que só sou uma fã tão dedicada por que assim posso preencher o vazio onde o amor deveria estar...
"Enquanto eu puder respirar, nada vai me abalar."
É mentira, pois é por isso mesmo que não acredito no poder do amor.
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